Aluna do ensino médio ganha medalha em olimpíada internacional de astronomia após estudar com livros de faculdade; e você, sabe o básico sobre os planetas?

Natália Vinhaes, de 18 anos, fez parte da delegação brasileira e levou o bronze. Competição aconteceu nesta semana e envolveu mais de 300 estudantes, de 53 países. Natália venceu competição internacional de astronomia e astrofísica Clara Sampaio O que você me diz sobre isto aqui? (αE ; δE) = (18h00m00s; + 66∘33'39''). Calma, não se assuste: esse é "apenas" um dos dados disponibilizados aos candidatos da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica para que eles consigam resolver as 8 questões teóricas da prova. E não pense que serão adultos universitários a analisar a precisão de telescópios, identificar corpos celestes e dominar conceitos como "sistema de acreção", "ângulo azimutal" ou "órbitas tundras". Só participam da competição alunos... do ensino médio. E do mundo inteiro. ????️É por isso que a medalhista Natália Vinhaes, maranhense de 18 anos, diz que os conhecimentos ensinados na escola são muito superficiais para quem pretende participar da Olimpíada. Ela conquistou o bronze na edição de 2024 -- que aconteceu nesta semana em Vassouras e Barra do Piraí (RJ) -- porque "mergulhou" nos livros de faculdade recomendados por outros "atletas olímpicos". "Sempre gostei da área de física, mas o que aprendemos no colégio é muito básico. Impossível fazer a prova só com esse conteúdo. Ele serve de base para poder expandir seus conhecimentos e se aprofundar mais", conta. "Tanto que, enquanto me preparava, acabei deixando um pouco de lado as matérias da escola." QUIZ - 'QUE PLANETA É ESTE?': mais abaixo, responda perguntas de astronomia que caíram na prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia para alunos de 14 anos Na competição, que pela 2ª vez foi sediada no Brasil, não há limite para o número de alunos no pódio: ganham as medalhas todos os que atingirem determinada pontuação. Dos representantes do Brasil, Francisco de Andrade (SP) e Heitor Borim Szabo (SP) faturaram a prata, e Gustavo França (SP), Lucas Menezes (SE) e a própria Natália levaram o bronze. Mas para que participar das competições? Natália, que estuda em um colégio particular de São Luís, conta quais são as principais razões que devem levar os apaixonados por alguma área de conhecimento a se inscreverem em olimpíadas (sejam elas de física, química, matemática, economia ou leitura): ????Você conhecerá alunos do mundo inteiro que gostam do seu tema preferido (por mais específico que ele seja). Na edição de 2024, foram mais de 300 participantes, de 53 países. "Às vezes, me sinto meio sozinha, porque gostaria de conversar com pessoas próximas, mas esses assuntos [de exatas] não são do interesse delas", diz a brasileira. "Participar dessas olimpíadas me aproximou de quem gosta das mesmas matérias que eu." ????‍????Seu currículo terá um grande trunfo. Em processos seletivos para estágio, por exemplo, o recrutador pode gostar de saber que você era um aluno dedicado e interessado em atividades extraclasse. ????Algumas faculdades (no Brasil e no exterior) dão benefícios aos medalhistas olímpicos. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, reserva vagas exclusivas para quem se destacou em competições científicas. No caso de Natália, por enquanto, o objetivo é ser aprovada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), cujo vestibular é o mais disputado do país. Por mais que essa faculdade não tenha políticas específicas de incentivo a medalhistas, acaba cobrando conteúdos semelhantes aos da Olimpíada no processo seletivo. "Como tive um contato muito forte com as matérias de exatas, sinto que isso alavancou meu nível de conhecimento", diz a aluna. ????Você pode amadurecer e aprender a enfrentar desafios. "O principal é conseguir ter confiança em si mesmo. A autoestima [baixa] é um obstáculo, porque você pensa que não é capaz e quer desistir no meio. Mas é preciso ter determinação, porque pode dar certo", diz Natália. "Fui acolhida, respeitada e, independentemente do meu gênero [mulheres são minoria em exatas], ouviram minhas qualificações". Quiz: quantas perguntas sobre planetas você consegue acertar? Seria um tanto cruel montar um quiz com perguntas da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (olhe só um exemplo no fim da reportagem, para ter uma ideia da complexidade). Por isso, para você relembrar o que aprendeu na escola, escolhemos questões formuladas pela Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), em edição para alunos do 9º ano. Assim, todo mundo tem chance de brilhar. Que planeta é este? Resolva questões que caíram na Olimpíada Brasileira de Astronomia para alunos do 9º ano Exemplo de questão da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica Veja abaixo uma das perguntas da edição de 2024: Pergunta da prova da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica Reprodução E o começo da prova dá dados "básicos" para que o candidato resolva os problemas. São mais de 5 tabelas como esta: Dados astronômicos são disponibilizados para alunos logo no início do caderno de questões Reprodução Vídeos C

Aluna do ensino médio ganha medalha em olimpíada internacional de astronomia após estudar com livros de faculdade; e você, sabe o básico sobre os planetas?

Natália Vinhaes, de 18 anos, fez parte da delegação brasileira e levou o bronze. Competição aconteceu nesta semana e envolveu mais de 300 estudantes, de 53 países. Natália venceu competição internacional de astronomia e astrofísica Clara Sampaio O que você me diz sobre isto aqui? (αE ; δE) = (18h00m00s; + 66∘33'39''). Calma, não se assuste: esse é "apenas" um dos dados disponibilizados aos candidatos da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica para que eles consigam resolver as 8 questões teóricas da prova. E não pense que serão adultos universitários a analisar a precisão de telescópios, identificar corpos celestes e dominar conceitos como "sistema de acreção", "ângulo azimutal" ou "órbitas tundras". Só participam da competição alunos... do ensino médio. E do mundo inteiro. ????️É por isso que a medalhista Natália Vinhaes, maranhense de 18 anos, diz que os conhecimentos ensinados na escola são muito superficiais para quem pretende participar da Olimpíada. Ela conquistou o bronze na edição de 2024 -- que aconteceu nesta semana em Vassouras e Barra do Piraí (RJ) -- porque "mergulhou" nos livros de faculdade recomendados por outros "atletas olímpicos". "Sempre gostei da área de física, mas o que aprendemos no colégio é muito básico. Impossível fazer a prova só com esse conteúdo. Ele serve de base para poder expandir seus conhecimentos e se aprofundar mais", conta. "Tanto que, enquanto me preparava, acabei deixando um pouco de lado as matérias da escola." QUIZ - 'QUE PLANETA É ESTE?': mais abaixo, responda perguntas de astronomia que caíram na prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia para alunos de 14 anos Na competição, que pela 2ª vez foi sediada no Brasil, não há limite para o número de alunos no pódio: ganham as medalhas todos os que atingirem determinada pontuação. Dos representantes do Brasil, Francisco de Andrade (SP) e Heitor Borim Szabo (SP) faturaram a prata, e Gustavo França (SP), Lucas Menezes (SE) e a própria Natália levaram o bronze. Mas para que participar das competições? Natália, que estuda em um colégio particular de São Luís, conta quais são as principais razões que devem levar os apaixonados por alguma área de conhecimento a se inscreverem em olimpíadas (sejam elas de física, química, matemática, economia ou leitura): ????Você conhecerá alunos do mundo inteiro que gostam do seu tema preferido (por mais específico que ele seja). Na edição de 2024, foram mais de 300 participantes, de 53 países. "Às vezes, me sinto meio sozinha, porque gostaria de conversar com pessoas próximas, mas esses assuntos [de exatas] não são do interesse delas", diz a brasileira. "Participar dessas olimpíadas me aproximou de quem gosta das mesmas matérias que eu." ????‍????Seu currículo terá um grande trunfo. Em processos seletivos para estágio, por exemplo, o recrutador pode gostar de saber que você era um aluno dedicado e interessado em atividades extraclasse. ????Algumas faculdades (no Brasil e no exterior) dão benefícios aos medalhistas olímpicos. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, reserva vagas exclusivas para quem se destacou em competições científicas. No caso de Natália, por enquanto, o objetivo é ser aprovada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), cujo vestibular é o mais disputado do país. Por mais que essa faculdade não tenha políticas específicas de incentivo a medalhistas, acaba cobrando conteúdos semelhantes aos da Olimpíada no processo seletivo. "Como tive um contato muito forte com as matérias de exatas, sinto que isso alavancou meu nível de conhecimento", diz a aluna. ????Você pode amadurecer e aprender a enfrentar desafios. "O principal é conseguir ter confiança em si mesmo. A autoestima [baixa] é um obstáculo, porque você pensa que não é capaz e quer desistir no meio. Mas é preciso ter determinação, porque pode dar certo", diz Natália. "Fui acolhida, respeitada e, independentemente do meu gênero [mulheres são minoria em exatas], ouviram minhas qualificações". Quiz: quantas perguntas sobre planetas você consegue acertar? Seria um tanto cruel montar um quiz com perguntas da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (olhe só um exemplo no fim da reportagem, para ter uma ideia da complexidade). Por isso, para você relembrar o que aprendeu na escola, escolhemos questões formuladas pela Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), em edição para alunos do 9º ano. Assim, todo mundo tem chance de brilhar. Que planeta é este? Resolva questões que caíram na Olimpíada Brasileira de Astronomia para alunos do 9º ano Exemplo de questão da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica Veja abaixo uma das perguntas da edição de 2024: Pergunta da prova da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica Reprodução E o começo da prova dá dados "básicos" para que o candidato resolva os problemas. São mais de 5 tabelas como esta: Dados astronômicos são disponibilizados para alunos logo no início do caderno de questões Reprodução Vídeos Com motor movido a açúcar, foguete coloca alunos da USP no pódio de campeonato mundial